Plantio Musical

Nestes últimos dias de Fevereiro... época de plantio de sementes... "indoors", sim, dentro de casa, porque por estas bandas dos EUA, a luz solar ainda é fraca para fazer uma semente germinar. Frio. Neve começando a degelar, e, só de vez em quando se vê um dia realmente ensolarado, daqueles que faz bem ficar fora de casa.

Em meu diário, o mês de Março chega com a frase: "Plant the seeds of your dreams and weed all the objections out" (Mary Anne Radmacher) ... traduzindo: Plante as sementes de seus sonhos e extirpe todas as objeções. Um bom lembrete de que se é tempo para plantar, em todos os sentidos como se deve ser...

Hoje, em particular, quando acordei de um sonho muito esquisito pra mim, tentei entender a mensagem ainda fresca na memória dos atos observados e eu procurei auxílio do Pai Celestial que nunca me deixou na mão... nossas conversas sempre me surpreendem... nem consigo ter palavras. Como um tipo de 'ritual particular', eu fui ao banheiro (necessidades à parte) levando a palavra dEle, que abri em nome dO Pai, estava ali escrito em Atos 19. Sim, entendi o sonho, choro à parte, que já não é mais novidade, prezo pela minha família mais um dos meus dias. E pra confirmar o cuidado e a proteção dO Pai, um e-mail recebido de uma amiga (ai, eu sempre esqueço de dizê-la pra enviar este tipo de mensagem pra minha outra conta do gmail), enviado pra o endereço errado e nem sinal de cópia 2ª via pro outro, estranho, mas... nada acontece por acaso, mensagem dO Pai, entitulada 'Pra mudar nossa atitude como cristãos'!!

Sabe o que é mais engraçado? Meio acordada, meio dormindo, durante o sonho, lembro-me de cantarolar a música 'Minha Luta' da banda "Oficina G3", com a veemência de quem realmente estava lutando... e realmente precisava dela, te digo, que sonho doido.

E no dia anterior, eu levantei com a música 'Antes' da "Banda Resgate" na cabeça... assim, sem mais nem menos, como um anúncio prévio de quem deve levar algo à sério. Não é de hoje que tento ter cuidado com as músicas que eu canto/ouço, porque elas não deixam de ser palavras, cantadas, como uma prece que pode revigorar nossos ânimos ou até mesmo nos destruir. Também ontem, dois tweets me chamaram à atenção, coloquei-os juntos num re-tweet, dizendo: Stroke patients regain the power of speech through singing http://bit.ly/as6vkl it reminded me of Psalm 104.33... traduzindo: Os pacientes com AVC recuperam o poder de expressão através do canto http://bit.ly/as6vkl isto me lembrou do Salmo 104:33.

Cantarei ao Senhor enquanto eu viver, cantarei louvores ao meu Deus durante a minha vida. Salmos 104:33

Então, sobre o plantio vegetal, eu já plantei as sementes em pequenos potes de yogurte (maioria) para germinarem e depois serem plantadas na horta. Estou esperando a germinação acontecer pra finalizar o projeto e terminar de planejar no papel. E, sobre o plantio musical, cada dia uma nova ou velha música pra avaliar/re-avaliar e dar meu voto.

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Música: Antes
Banda: Resgate

Antes que se curvem as minhas costas
Antes que se cansem os meus pés
Antes que venham os maus dias
E eu não tenha mais do que viver

Antes que se fechem os meus olhos
E houver espanto pelo chão
Antes que venham os maus dias
E neles não exista mais prazer

Eu... vou me lembrar...
Deus eu vou me lembrar!

Antes que eu volte ao pó da Terra
Sem nenhuma história pra contar
Antes que venham os maus dias
E eu não tenha como levantar

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Música: Minha Luta
Banda: Oficina G3

Quando eu não posso conter
As lágrimas que caem no chão
Quando a dor e o medo
tomam conta do meu coração
Eu chamo por Você
Eu grito por Você
Eu vou lutar até o dia amanhecer
Esperando Tua mão vir me socorrer
Quando me faltam palavras pra Te falar
E quando a fé e a esperança começam a me deixar
Eu chamo por Você
Eu grito por Você
Eu vou lutar até o dia amanhecer
Esperando Tua mão vir me socorrer
É o teu amor que me sustenta e me dá forças
Forças pra lutar, até o dia amanhecer
Eu vou lutar até o dia amanhecer
Esperando Tua mão ...
Eu vou lutar até o dia amanhecer
Esperando Tua mão... 3X
Vir me socorre---e---er
Esperando Tua mão...

Culinária

Sempre tive curiosidade na culinária, mas nunca tive a prática de quem cozinha. Desde criança começei a observar ali e aqui, um pouco de longe, porque, sempre, vinha-me na memória a minha mãe gritando: - Cuidado! Não mexa no fogão! Saia de perto porque você pode se queimar!

Um dia a indaguei: - Mas eu vou ter que aprender a cozinhar um dia! E, na insistência, ela me permitiu fazer o que eu não achava graça, fácil demais, respondendo: - Um dia, quando você estiver grande o suficiente, eu vou deixar você usar a faca, usar o fogão, usar o forno, mas, antes que este dia chegue você deve me observar e aprender a não se ferir. De vez em quando se ouve falar de crianças que foram queimadas ou se cortaram por acidentes na cozinha.

Testei minha paciência por um tempo, e insisti: - Quem te contou isso? Aonde você viu isso? Eu prometo que vou ter cuidado, eu sei usar a tesoura melhor que qualquer um na minha classe...

Assim, eu perdi o interesse na cozinha depois de tanto olho pra cá, olho pra lá. Até que um dia, finalmente, minha mãe me deixou fazer um bolo, outro, uns biscoitos, outros... e ficaram bons! Depois foi insistindo com o meu pai que eu aprendi a cozinhar arroz, fritar ovos, cortar algumas frutas e vegetais, fazer sucos, selecionar feijão, fazer compras de vegetais e carne no mercado... (Eu ainda não sei escolher carne!) Pronto, tudo tão simples e fácil, como eu imaginava.

Lembro de quando eu era bem pequena, brincando de casinha, tentando imitar os meus pais nos afazeres domésticos. Ambos cozinham muito bem. Num dia destes, que perguntei à minha mãe:
- Mãe, eu quero fazer comida de verdade, assim, pra gente comer.
E minha mãe pensou, e me respondeu: - Por que você não aprende primeiro a cozinhar na sua cozinha, usando o que a mamãe usa na cozinha dela?
Não era a resposta que eu esperava, mas daí começei a colocar farinhas e grãos reais nos mini-potes dos meus micro-armários de cozinha... e eu fiquei satisfeita por um dia ou outro. Daí, começei a perguntar aos meus pais o que eu deveria colocar nas mini-panelas pra cozinhar, mas ainda não deixei de usar os  imaginários ingredientes que eu improvisava, tipo óleo e azeite... porque eu não queria estragar os grãozinhos bonitinhos de novo e deixa-los todos melecados, sujos, e ainda por cima ter que doa-los de volta para os meus pais para eles cozinharem sozinhos na cozinha deles! Era o fim da picada... a brincadeira não tinha graça se ninguém comesse a minha comida... neste caso... a minha lixeira, sempre cheia de restos, um sinal de que houve fartura!!

Como minha mãe havia previsto (porque a ouvi dizendo pra alguém), um dia destes eu esqueceria a minha coleção de alimentos, às vezes partilhados com meus irmãos, no nosso universo imaginário da fome, de alguém que chega em casa vindo de um dia cansado de tanto trabalhar, na construção civil das nossas cabanas, armadas com lençóis, cobertas e pregadores de roupas ao redor de nossas camas de beliche.

Esqueci, sim, da vontade de aprender, da curiosidade por fazer da matéria-prima uma obra-prima...
Ah, esqueci, porque cozinhar era fácil, era seguir passo à passo num tempo determinado.
Mas agora... voltei!!!

E eu descobri que cozinhar não é tão fácil como aparenta, e sim, realmente é uma ciência de sabores.

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